O avanço da dengue em Marília tem preocupado moradores e autoridades de saúde. A cidade já registrou 3.509 casos e cinco mortes neste ano, e a situação se agrava com a falta de vacinas contra a doença.
As doses destinadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos se esgotaram em todas as 52 unidades de saúde do município, e não há previsão de reposição.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que solicitou ao governo estadual o envio de mais 20 mil doses em janeiro, mas ainda não recebeu resposta sobre quando elas serão entregues.
Enquanto isso, a cobertura vacinal segue abaixo do esperado, com apenas 20,41% do público-alvo tomou a primeira dose, e 6,40% completou o esquema vacinal.
Outras cidades da região também enfrentam o avanço da doença. Em Itápolis, já foram registrados 274 casos, enquanto Ibitinga soma 1.784 casos e duas mortes. Para tentar conter o avanço do vírus, esses dois municípios iniciam nesta semana a vacinação contra a dengue.
Já em Sorocaba, a situação é diferente. A cidade recebeu um novo lote e tem 4 mil doses disponíveis para aplicação. O imunizante utilizado é a Qdenga, que exige duas doses com intervalo de três meses entre elas.
Enquanto aguarda a chegada de novas doses, Marília continua enfrentando o crescimento dos casos e a alta procura por atendimento médico.
A recomendação das autoridades é reforçar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
